VII
Tema: Fé em Fogo
Data: 22 a 25 de setembro de 2010
Local: Parque de Exposições Amilcar Tocantis - Paragominas – PA
Pregador: Pr. Areli Barbosa – Líder de Jovens da Divisão Sul Americana (DSA)
Grupos musicais: Cânticos Vocal, Frutos do Senhor, Trio Portal, dentre outros
Organizador: Pr. Aquino G. Bastos Filho - Departamental de Jovens da União Norte Brasileira (UNB)
Localizada na região Norte do país, o Município de Paragominas foi o escolhido para sediar o VII Campori da União Norte Brasileira (UNB). A UNB era composta, na ocasião, por suas sedes regionais: Associação Baixo Amazonas (ABA); Associação Maranhense (AMA); Associação Sul do Pará (ASPA); Missão Oeste do Pará (MOPA) e Missão Sul Maranhense (MSMA).
O evento se realizaria no Parque de Exposições Amilcar Tocantins (recebeu esse nome em homenagem ao primeiro Prefeito de Paragominas, Exmo. Sr. Amilcar Batista Tocantis).
O tema foi embasado na experiência de Daniel no reinado de Nabucodosor -Daniel 1 – 3. Estes capítulos mostram que Daniel, mesmo diante de duras provas, escolheu manter sua fé firme no Senhor. Ele reconhecia que as provações que passava eram comparadas ao fogo. "Para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo" (I Pedro 1.7). Assim, o tema não poderia ser outro – “FÉ EM FOGO”.
A Sociedade Jovem da IASD Marambaia de Belém foi convidada a organizar e realizar a encenação que aconteceria todas as noites. Assim, a história de Daniel e seus amigos foi divida em três capítulos de 10 minutos de duração cada. As cenas aconteceriam no palco decorado como um palácio real. Ao lado deste, uma enorme estátua do rei Nabudonosor que poderia ser vista a distância seria o ponto auge da decoração. Luzes e efeitos sonoros complementariam o trabalho e empenho do grupo que tinha como objetivo transportar os espectadores aos dias do reinado babilônico.
A MUDANÇA
A data escolhida foi 02 a 06 de setembro, mas, há dois meses do evento, a organização foi surpreendida com um aviso do Sindicato Rural, órgão responsável pela administração do parque, que, devido a contratos firmados entre o Sindicato, os criadores de gado da região e diversas empresas do setor agropecuário, haveria a realização da AGROPEC – Feira de Negócio Agropecuários -, a qual aconteceria dos dias 14 a 22 de agosto. A data do Campori precisaria ser adiada, já que, cláusulas contratuais colocaria o Sindicato em uma situação jurídica desfavorável. Dessa forma, o evento precisou ser remarcado para os dias 22 a 25 de setembro.
Participaram do Campori 251 clubes, 94 da ABA, 69 da AMA, 34 da ASPA, 22 da MOPA e 32 da MSMA, totalizando mais de 10 mil pessoas entre desbravadores, líderes e equipes de apoio e infraestrutura.
OS REQUISITOS
Estar em um Campori de União está longe de ser algo fácil. Dentre os pré-requisitos, o clube deveria:
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Ter participado do último Campori ou Evento de Campo de sua Associação ou Missão;
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Ter, no mínimo, um ano de existência;
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Aplicar o programa “Vida Reverente” nas atividades da igreja local;
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Criar um grupo de oração intercessora permanente, que deveria orar por quatro objetivos: Impacto Esperança, Missão Calebe, Operação Resgate e Campori UNB;
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Levar 3 Bíblias novas, ou em bom estado, que seriam utilizadas no evangelismo da Missão Global em Paragominas;
Na parte de projetos, o clube deveria:
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Levar pelo menos 5 brinquedos novos, ou em bom estado, que seriam doados para crianças em situação de vulnerabilidade social, ao redor da área do evento;
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Levar 5 kits de higiene, compostos por uma unidade dos seguintes produtos: sabonete, creme dental, shampoo, condicionador, escova de dente, absorvente, cotonete, desodorante, creme hidratante e sabão em pedra. Todos os kits arrecadados seriam doados para os alunos da Rede Adventista de Ensino que se encontravam em situação de vulnerabilidade. Para motivar as doações individuais, a organização realizou, no evento, um sorteio de diversos prêmios para os doadores.
Além disso, o clube precisava arcar com o pagamento da inscrição, aluguel de ônibus, alimentação e tudo o que proporcione aos desbravadores segurança e tranquilidade para os pais. Todo o esforço e toda dificuldade vencida para participar de um evento deste porte vale a pena ao ver a satisfação e alegria estampada no rosto de cada desbravador.
A ABERTURA
Cada Líder Departamental entrou pelo corredor central com um lindo estandarte vermelho, contendo a descrição do nome de sua Associação ou Missão. Um de cada vez - Pr. Renato Seixas da ABA, Pr. Júlio Gaya da AMA, Pr. Norberto Brabo da ASPA, Pr. Nazareno Santos da MOPA e Pr. Ivancy Araújo da MSMA – entrava e era seguido pelas delegações do seu campo. Cada delegação trazia consigo sua respectiva bandeira, a da cidade de origem e do seu clube, formando, assim, um verdadeiro pelotão.
O orador da noite foi o Pr. Areli Barbosa, que iniciou seu sermão com a leitura bíblica de Daniel 1:8, conduzindo a uma reflexão sobre o legado que temos em nos manter fiéis, como cristão e desbravadores, mesmo em meio ao fogo das adversidades.
Outro momento marcante da abertura foi a chegada dos 10 ciclistas, membros do Clube Gustavo Storck, da capital Belém. Eles percorreram 320 quilômetros de muitas e grandes subidas até chegar a Paragominas, o que para o grupo foi um desafio e tanto.
Não foi a primeira vez que esse grupo chegou à um Campori de bicicleta. No ano de 1994, foram para Marabá, cidade localizada à 500 quilômetros da capital. Já em 1997, foram para São Luís do Maranhão e, no ano de 2005, decidiram realizar o seu maior desafio: pedalar 3.333,6 quilômetros até a cidade de Santa Helena, no Estado do Paraná, para participar do III Campori da Divisão Sul Americana (DSA). O feito foi concretizado com muitos desafios vencidos. Como atitude de reconhecimento e símbolos de superação, foram recebidos no local, na noite de abertura, em meio a muitos aplausos.
A noite de abertura do Campori foi abrilhantada pela presença das autoridades civis da cidade de Paragominas: Exmo. Prefeito Municipal, Sr. Adnam Demaschi, Exmo. Vereador, Sr. Paulo Brega, Presidente do Sindicato Rural, Sr. Miguel Ângelo Scaramussa e a representante da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Sra. Alessandra Nascimento.
No final da abertura, foi utilizado o enorme triângulo dos Desbravadores, montado na lateral do palco. Sobre ele estavam os Líderes Departamentais, 6 piras menores e uma outra gigante ao fundo, no centro da base do triângulo. Em um momento determinado, o corredor central ficou todo iluminado. Era o pelotão de diretores de clubes e regionais segurando tochas acesas que representavam a chama do Espírito Santo. Essa chama deveria se manter brilhando na vida de cada cristão e desbravador. Esse pelotão se posicionou nas laterais do triângulo. Outro grupo subiu e entregou as tochas aos Departamentais.
A entrega das tochas dos clubes de Desbravadores nas mãos dos Líderes do Ministério Jovem simbolizavam que o Clube era e continua sendo a base, a razão para a existência das Missões, Associações, Uniões, Divisões e Associação Geral.
Cada Associação ou Missão tinha sua própria pira a qual, ao som impactante de uma música instrumental, foi acesa por seus respectivos Departamentais. A pira maior foi acesa por uma fagulha que desceu de cima de um mastro, dando a impressão que vinha direto dos altos céus.
Um lindo e colorido show pirotécnico encerrou as atividades da primeira noite do evento.
A cerimônia de abertura ficou por responsabilidade da ABA, que arrancou calorosos aplausos e muitos gritos eufóricos de todos os participantes presentes.
OS CONCURSOS
Os desbravadores foram estimulados a participarem de oito concursos que os desafiavam a superarem os seus limites em diversos aspectos e a darem sempre o seu melhor.
Três concursos exigiam os aspectos da criatividade e capricho.
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Concurso Musical: o clube deveria criar uma letra e música originais com o tema “Fé em Fogo”.
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Criação de um clip: esse clip poderia ser promocional ou motivacional, desde que fosse alusivo ao Campori. Os três melhores clips receberiam pontuação bônus, mas, o primeiro lugar, ganharia ainda duas barracas e o valor de R$ 100,00 para serem gastos no evento.
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Camiseta: seria escolhido a camiseta mais bela.
Dois, além da criatividade, exigiam coordenação, ritmo e disciplina.
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Concurso de Bandas e Fanfarras: todos os grupos participantes receberiam ponto bônus extra, mas, o melhor, receberia, também, um troféu.
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Concurso de Ordem Unida: todos foram desafiados. Como a intenção era dar a oportunidade de participação para todos os clubes, ocorreu, antes do evento, a etapa classificatória em cada campo. No Campori, premiou-se a melhor apresentação.
Outro exigia o aspecto espiritual fundamentado no estudo da palavra de Deus.
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Concurso Bíblico: as perguntas foram elaboradas tendo como base os livros de Gênesis, Daniel, Ester e Tiago.
O aspecto da arte de se comunicar e se expressar bem foi exigido no seguinte:
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Concurso de Oratória: desse participariam apenas os vencedores da fase regional, organizada e realizada em cada campo antes da data do evento. Cada participante foi desafiado a mostrar sua desenvoltura e retórica ao apresentar uma pequena mensagem de cunho espiritual.
E o cumprir fielmente a parte que te corresponde foi a exigência do Concurso “Bom de Classe”. Esse concurso tinha como base duas metas principais. Primeira, reconhecer e premiar instrutores que, de forma criativa e dinâmica, assumiram o compromisso de levar os seus desbravadores ao cumprimento dos requisitos da classe correspondente a sua idade. Segundo, incentivar e valorizar o comprometimento dos desbravadores na realização das tarefas exigidas em sua classe. O melhor, também, seria premiado.
OUTROS MOMENTOS
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Plantio de 5 mil mudas de árvores:
A SEMAGRI – Secretaria Municipal de Agricultura da cidade de Paragominas disponibilizou 5 mil mudas de árvores nativas que foram plantadas pelos clubes em uma área que necessitava de reflorestamento.
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Visita ao Parque Ambiental Municipal de Paragominas:
O Parque Ambiental Municipal Adhemar Monteiro é uma das sete maravilhas do Estado do Pará. Plantas nativas, lagos e diversos animais típicos da região fazem do parque um local único. O Parque é referência no desenvolvimento de atividades para grandes grupos. No ano de 2009, o local sediou a décima edição dos jogos indígenas da América do Sul.
Na visita, os desbravadores participaram de inúmeras atividades que o local proporciona além do carrossel de provas realizado pela equipe organizadora.
Foto: Tarso Sarraf
Na visita, os desbravadores participaram de inúmeras atividades que o local proporciona além do carrossel de provas realizado pela equipe organizadora.
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Cerimônia da Machadinha:
Não existe abertura oficial de um acampamento de desbravadores sem fincar a machadinha. Nas primeiras hora do dia 23, os diretores de todos os Clubes e os Líderes Departamentais, juntos, tiveram a oportunidade de declarar aberto oficialmente o VII Campori da UNB, cravando suas machadinhas em grossos troncos de madeira dispostos em formato de triângulo, em frente ao palco.
OS TRUNFOS
Os primeiros trunfos foram feitos em Lima, Peru, confeccionados com fios de ouro. No aeroporto de Guarulhos, São Paulo - Brasil, a Receita Federal confiscou todas as peças vindas do exterior, pois excediam a quantidade de ouro máxima permitida. O fato ocorreu dois dias antes da abertura do Campori. Para solucionar o problema, a equipe organizadora pediu ajuda aos fornecedores nacionais. Como estava muito próximo o evento, foi-se necessário dividir a confecção entre três fornecedores diferentes. Nesse caso, o Campori contou com três trunfos oficiais.
O TROFÉU
O troféu da esquerda foi destinado aos clubes. O menor, uma réplica, foi concedido aos líderes.
